Quando alguém especial morre, um turbilhão foi uma maneira de dizer extragenico de emoções, invade a criança. É-lhe difícil separar os vários sentimentos que a invadem após a notícia e, muito menos, entendê-los.
Nada parece fazer sentido. Tudo é vivido de uma forma confusa, intensa e assustadora que resulta numa tristeza profunda (o que lhe torna ainda mais difícil perceber o que se passa consigo própria). Algumas crianças podem até sentir-se doentes.
Contudo, é importante referir que a idade da criança pode influir decisivamente no seu luto. Enquanto a morte não é percepcionada como tal, dificilmente é entendida - o que se passa até aos 4, 5 anos, dependendo da maturidade e do enquadramento.
A partir dessa idade, mesmo sem o pensamento abstracto estar desenvolvido, o conceito da morte é entendido com maior facilidade, especialmente quando é feito o paralelo com os animais (tanto os "menos importantes: formiga, mosca; como referindo os que servem de exemplo alimentar: peixe, frango, etc.).
Obviamente, perder alguém querido não pode ser encarado de modo tão redutor, mas os exemplos podem ser um caminho para se entender o ciclo da vida, a finitude da existência, a acção do tempo e, em casos inesperados, os resultados fatais de acidentes ou doenças graves.
Um dos medos que assombra a criança nestas situações, é a ideia de que poderá perder de novo alguém muito querido para si e, por isso, receia pela segurança dos restantes membros da família.
Na escola, sente-se diferentes dos colegas, tendo dificuldade em alinhar nas brincadeiras, tornando-se pouco sociável. Em certos casos, até o cenário da escola lhe poderá parecer diferente.
Muitas crianças tendem a ficar um pouco irascíveis, tornando-se, em alguns casos, violentas. Esta irascibilidade advém de três sentimentos que, embora distintos, se misturam facilmente nesta situação: a revolta, o medo e a tristeza. Existem crianças que chegam a sentir-se revoltadas por haver famílias que não perderam nenhum membro querido. Apenas sabem que são vítimas de uma grande injustiça e não conseguem acreditar no que aconteceu. Por outras palavras, estão a viver um pesadelo.
Pode ainda acontecer que a criança fique apática, como se a situação lhe fosse indiferente, o que não é real.
Nesta fase não se recomenda que a criança seja submetida a qualquer tipo de mudança, tal como mudar de casa ou ir para outra escola. Para ela, a mudança será encarada como mais uma ruptura e não como uma mudança positiva.
O quotidiano revela-se um desafio e cheio de altos e baixos: tanto ri e brinca, como, ao lembrar-se do que aconteceu, fica tão triste que se isola e/ou chora. Não podemos esperar que a criança se sinta bem num curto espaço de tempo, nem que se sinta na obrigação de fazer com que as outras pessoas atingidas se sintam melhor.
Deve dizer-se à criança que, independentemente do que aconteceu, não é errado continuar a brincar e a rir. A criança deve também saber que não está sozinha, pois existem muitas pessoas que gostam dela. A criança tem o direito de fazer as perguntas que achar necessárias, pois pode querer saber mais acerca do que aconteceu.
O luto, tal como nos adultos, deve ser respeitado e deve ter o seu espaço. A criança deve ter a liberdade de escolher se pretende "estar mais perto da morte" (ir ao funeral, por exemplo) ou "resguardar-se dela".
As explicações devem sempre ser dadas com verdade, de acordo com o grau de entendimento das diferentes idades e nunca em tom de raiva ou de consequência-castigo.
Se os familiares são crentes, é correcto dar a explicação religiosa. Se não o são, a explicação será mais factual, mas nunca se deve mascarar o que aconteceu.
A criança deve entender que aquela pessoa especial que faleceu só vai existir, daí para a frente, na lembrança e no coração dos que lhe eram próximos e o conheciam.
Nada parece fazer sentido. Tudo é vivido de uma forma confusa, intensa e assustadora que resulta numa tristeza profunda (o que lhe torna ainda mais difícil perceber o que se passa consigo própria). Algumas crianças podem até sentir-se doentes.
Contudo, é importante referir que a idade da criança pode influir decisivamente no seu luto. Enquanto a morte não é percepcionada como tal, dificilmente é entendida - o que se passa até aos 4, 5 anos, dependendo da maturidade e do enquadramento.
A partir dessa idade, mesmo sem o pensamento abstracto estar desenvolvido, o conceito da morte é entendido com maior facilidade, especialmente quando é feito o paralelo com os animais (tanto os "menos importantes: formiga, mosca; como referindo os que servem de exemplo alimentar: peixe, frango, etc.).
Obviamente, perder alguém querido não pode ser encarado de modo tão redutor, mas os exemplos podem ser um caminho para se entender o ciclo da vida, a finitude da existência, a acção do tempo e, em casos inesperados, os resultados fatais de acidentes ou doenças graves.
Um dos medos que assombra a criança nestas situações, é a ideia de que poderá perder de novo alguém muito querido para si e, por isso, receia pela segurança dos restantes membros da família.
Na escola, sente-se diferentes dos colegas, tendo dificuldade em alinhar nas brincadeiras, tornando-se pouco sociável. Em certos casos, até o cenário da escola lhe poderá parecer diferente.
Muitas crianças tendem a ficar um pouco irascíveis, tornando-se, em alguns casos, violentas. Esta irascibilidade advém de três sentimentos que, embora distintos, se misturam facilmente nesta situação: a revolta, o medo e a tristeza. Existem crianças que chegam a sentir-se revoltadas por haver famílias que não perderam nenhum membro querido. Apenas sabem que são vítimas de uma grande injustiça e não conseguem acreditar no que aconteceu. Por outras palavras, estão a viver um pesadelo.
Pode ainda acontecer que a criança fique apática, como se a situação lhe fosse indiferente, o que não é real.
Nesta fase não se recomenda que a criança seja submetida a qualquer tipo de mudança, tal como mudar de casa ou ir para outra escola. Para ela, a mudança será encarada como mais uma ruptura e não como uma mudança positiva.
O quotidiano revela-se um desafio e cheio de altos e baixos: tanto ri e brinca, como, ao lembrar-se do que aconteceu, fica tão triste que se isola e/ou chora. Não podemos esperar que a criança se sinta bem num curto espaço de tempo, nem que se sinta na obrigação de fazer com que as outras pessoas atingidas se sintam melhor.
Deve dizer-se à criança que, independentemente do que aconteceu, não é errado continuar a brincar e a rir. A criança deve também saber que não está sozinha, pois existem muitas pessoas que gostam dela. A criança tem o direito de fazer as perguntas que achar necessárias, pois pode querer saber mais acerca do que aconteceu.
O luto, tal como nos adultos, deve ser respeitado e deve ter o seu espaço. A criança deve ter a liberdade de escolher se pretende "estar mais perto da morte" (ir ao funeral, por exemplo) ou "resguardar-se dela".
As explicações devem sempre ser dadas com verdade, de acordo com o grau de entendimento das diferentes idades e nunca em tom de raiva ou de consequência-castigo.
Se os familiares são crentes, é correcto dar a explicação religiosa. Se não o são, a explicação será mais factual, mas nunca se deve mascarar o que aconteceu.
A criança deve entender que aquela pessoa especial que faleceu só vai existir, daí para a frente, na lembrança e no coração dos que lhe eram próximos e o conheciam.
0 Response to "Quando perdemos um alguém importante nas nossas vidas que fazer ?como lidar com uma criança nessa situação?"
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